Não há motivo para um café ter como imagem uma menina negra, fetichizada e idealizada. É urgente atualizar símbolos colonialistas e racistas.

NEGRITA

A Negrita foi fundada em 1924 e começou por ser um armazém de produtos de mercearia (bacalhau, sabão, conservas) e moagem de especiarias e café. Mas a partir da década de 70, começou a importar café e a torrá-lo. Esta fábrica fornece uma série de lojas e cafés espalhados por todo o país e mantém clientes fiéis há muitos anos. Tem duas marcas próprias, Negrita e Carioca, mas também torra e embala para outras marcas.

Os lotes mais conhecidos, e que podes encontrar facilmente em casas de cafés espalhadas por Lisboa, são Chávena, Descafeinado, Ébano, Marfim, Negrita e o tão apreciado Rubi.

Em Lisboa são muitos os cafés que têm e exibem com orgulho o logótipo dos Cafés Negrita: uma mulher de perfil, africana zulu, com argolas nas orelhas, com muitos colares no pescoço e a beber uma chávena de café.

É necessário exigir que não seja perpetuada a narrativa,

“O nome negrita veio porque naquela altura os nomes das empresas eram Mulatinha , A Negrita, A Cabo Verdiana. Eram todos nomes oriundos normalmente do Ultramar. ‘’ – Carlos Pina, dono da Negrita