Não há motivo para um café ter como imagem um homem negro, que perpetua a narrativa de que fomos "bons colonizadores". É urgente atualizar símbolos colonialistas e racistas.

PRETINHO DO JAPÃO

Com mais de 75 anos de existência, O Pretinho do Japão não se trata de um negócio familiar, mas “é como se fosse”. “A sabedoria tem passado de geração em geração e o ambiente de trabalho espelha por vezes uma família”, contam os responsáveis.

Segundo indicam, o nome, curioso, está associado aos chás que vinham antigamente do Japão. Contudo, ainda se está a tentar perceber com mais clareza a sua origem.

‘’O Pretinho do Japão mantém muito daquilo que fez a sua história – desde a estátua de um menino negro, alusiva ao nome da loja, ao painel em que se vêem senhas de racionamento do pós-II Guerra Mundial, passando pelos recipientes antigos em que são guardados os produtos vendidos a garnel.’’

É necessário exigir,

“Desmascarar o lado colonial do Porto, ou “um passado que não passou” “ainda mantêm a memória e o orgulho do passado colonial e a ideia de grandiosidade do império” — uma narrativa nacionalista também muito presente na actual indústria de turismo da cidade”